Em pronunciamento nesta quarta-feira (28/5) no plenário Ruy Araújo da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Carlinhos Bessa (PV) defendeu a pavimentação da BR-319 como medida essencial para o combate aos crimes ambientais na região amazônica. O parlamentar rebateu declarações da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado, que manifestou preocupação com o asfaltamento da rodovia sob a justificativa de que isso abriria caminho para o desmatamento, a extração ilegal de madeira e o garimpo clandestino.
Segundo Bessa, a situação atual da estrada, precária e sem fiscalização efetiva, favorece justamente o que se busca combater. “Hoje a estrada, do jeito que está, é muito mais propícia a transportar ouro e madeira ilegal do que se estivesse asfaltada. Se a estrada fosse pavimentada, a Polícia Rodoviária Federal estaria presente e poderia coibir essas práticas”, afirmou.
O deputado destacou ainda que a ausência de estrutura na rodovia cria um “ambiente apagado” que facilita a atuação de organizações criminosas. “Se os maiores crimes nas cidades acontecem nos bairros escuros, sem iluminação, o mesmo acontece com a BR-319. A estrada, do jeito que está, é um corredor livre para o crime ambiental”, comparou.
Bessa também defendeu que o asfaltamento da via seja acompanhado de medidas rigorosas de fiscalização e proteção ambiental. “Se a estrada for pavimentada com o compromisso do Congresso de impedir o desmatamento na área, quem cometer crime vai ser preso e pagar caro por isso. A estrutura vai permitir controle, e não destruição”, finalizou.