

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 25 de abril a retomada do julgamento virtual da cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, mulher acusada de participar dos “atos golpistas” de 8 de janeiro de 2023 e de escrever a frase a frase “Perdeu, mané” na escultura que faz parte do conjunto de obras da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal, Brasil.
A escultura foi lavada depois e a frase sumiu. Ela é uma interpretação artística estilizada da Justiça, não podendo ser cultuada como seu verdadeiro símbolo ao diferir do realismo e pouco compromisso com a realidade. É uma figura decorativa simplificada.
A escultura, que recebeu o nome de “A Justiça” foi instalada em 1961, no mesmo ano da inauguração do prédio do STF. É de autoria de Alfredo Ceschiatti (1918–1989) foi um escultor e desenhista brasileiro, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, que ficou nacionalmente conhecido por sua colaboração com Oscar Niemeyer na criação de esculturas para Brasília. A obra foi comissionada pelo governo federal durante o processo de construção de Brasília, no governo de Juscelino Kubitschek.
O valor exato pago na época não é amplamente divulgado nos registros públicos, mas sabe-se que foi parte do orçamento do projeto arquitetônico de Brasília, liderado por Oscar Niemeyer e patrocinado com recursos públicos para a criação da nova capital.
O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO “PERDEU, MANÉ”
A expressão “Perdeu, Mané!” é muito comum no Brasil e tem um uso bastante difundido, especialmente em contextos urbanos, populares e informais, muitas vezes associada a situações de assalto, violência ou intimidação.
A frase é uma forma agressiva e imperativa de anunciar que a vítima não tem mais controle sobre a situação e deve se submeter imediatamente. É quase sempre usada em situações em que há uma ameaça direta, como: Um assaltante abordando alguém com a intenção de roubar um bem (celular, bolsa, carro etc) ou m ato de imposição ou dominação sobre outra pessoa.
Na linguagem, o “Mané” é uma gíria para alguém considerado tolo, ingênuo, fraco ou bobo. Então, dizer “Perdeu, Mané!” é o mesmo que dizer: “Já era pra você, otário. Não tente reagir, porque você perdeu.”
A expressão tem um uso muito forte nas periferias, comunidades urbanas e no ambiente do crime, mas também se popularizou em filmes, séries e novelas brasileiras sobre criminalidade ou ação (ex: Cidade de Deus, Tropa de Elite); em reportagens policiais e programas sensacionalistas (ex: Cidade Alerta, Brasil Urgente); na Internet e memes, como forma de paródia, ironia ou crítica social.
Ou seja, embora originada nas ruas e no submundo criminal, a frase hoje transbordou para o imaginário coletivo como um símbolo da violência urbana e do poder do criminoso sobre o cidadão comum.
A frase revela muito sobre o clima de insegurança urbana, mostra a normalização da violência em certas camadas sociais e também representa um desequilíbrio de poder momentâneo, onde o agressor está no controle.
A VERDADEIRA REPRESENTAÇÃO DA JUSTIÇA
A imagem acima é que representa o símbolo clássico da Justiça, conhecido como “Deusa Têmis” (ou Themis, da mitologia grega). Essa representação tradicional traz três elementos fundamentais: Venda nos olhos: simboliza a imparcialidade (a Justiça deve ser cega, ou seja, julgar sem influências externas); Balança: representa o equilíbrio entre as partes, o julgamento justo; Espada (em algumas versões): simboliza a força da decisão e a aplicação da lei.
(Texto produzido com auxílio da Inteligência Artificial)